Amadinhos o julgamento dos acusados no caso Eliza Samúdio teve um depoimento
surpreendente, na madrugada desta quinta-feira (22). O antigo braço-direito do
goleiro Bruno disse, pela primeira vez, que o jogador mandou matar a modelo,
como afirma a promotoria.
Foi no interrogatório, que durou cinco horas e só terminou na madrugada, que
Macarrão, Luiz Henrique Romão incriminou o amigo Bruno e afirmou: "O
goleiro mandou matar Eliza Samúdio.”
Ele disse que Eliza saiu de livre e espontânea vontade do hotel até a casa
de Bruno, no Rio, e que ela foi para Minas receber R$ 50 mil prometidos pelo
goleiro. Quanto ao sangue no carro, Macarrão contou que Eliza e o primo de
Bruno, menor de idade, brigaram, e ele deu uma cotovelada no rosto dela, e não
uma coronhada, como o menor afirmou na época.
Macarrão falou também que no sítio de Bruno, em Esmeraldas, Eliza não era
refém, e que no dia 10 de junho, a pedido de Bruno, foi até a região da
Pampulha, em Belo Horizonte, e entregou Eliza a um homem que estava em um carro
preto.
Falou que pressentiu que Eliza seria morta, e que pediu a Bruno para deixar
Eliza em paz. Mas de acordo com o depoimento, o goleiro respondeu: "Eu sei
o que estou fazendo. Deixa comigo". Macarrão não revelou como Eliza
morreu, nem quem foi o autor do crime.
Ele concluiu dizendo que se sentia aliviado por falar a verdade, mas que
temia pela vida dele.
No fórum, os advogados de Bruno disseram que ele ficou muito decepcionado
com as declarações de Macarrão, e que a estratégia foi uma armação do
Ministério Público. Os defensores do goleiro disseram ainda que podem pedir que
Luiz Henrique seja testemunha no julgamento de Bruno.
E o caso continua. Esperamos que seja resolvido logo e a devida justiça seja
feita.
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